“Qual de vocês, se quiser construir uma torre, primeiro não se assenta e calcula o preço para ver se tem dinheiro suficiente para completa-la? Pois, se lançar o alicerce e não for capaz de termina-la, todos que a virem rirão dele dizendo: Este homem começou a construir e não foi capaz de terminar.” Lc 14.28-30
Lc 14.28-30
A preocupação com a aposentadoria ou invalidez já existia no grande Império Romano com os militares. O exército romano descontava duas partes de sete (2/7) do soldos para a aposentadoria que incluía um pedaço de terra para se manter na velhice.
A verdade nua e crua é que iremos envelhecer (rápido) se não morrermos jovens. Se morrermos jovens é possível que deixemos viúva e filhos pequenos desamparados. Quem cuidará deles? A Igreja? A Missão? Se envelhecermos sem sustento, quem nos sustentará? Nossos filhos?
Raramente os pastores e missionários procedem de “berço de ouro”. Este foi privilégio de poucos no decorrer da história eclesiástica, mas houve e há alguns! Estes poucos normalmente não tem este nível de preocupação pela sobrevivência básica da qual estamos tratando, mas mesmo desfrutando de uma condição privilegiada, planejam muito bem o padrão de vida para a velhice, inclusive com assessoria de bons profissionais da área, com investimentos em planos privados e investimentos a longo prazo, tendo suas reservas protegidas pelo sistema de eventuais falências. Negado acesso a “fracos” como nós!
Como a condição acima é de poucos e exclui a maioria de nós, restam-nos algumas perguntas:
Nossos pastores e missionários ao menos contribuem mensalmente e sistematicamente com a Previdência Social numa condição de autônomos ou Facultativo)? As Igrejas num ato de generosidade tem equiparado este trabalhador da Seara a uma condição análoga daquilo que é lei para os outros trabalhadores? As Igrejas tem entendido em ato e pratica de amor sua responsabilidade com a família do Pastor?
Infelizmente temos constatado que em muitas IEL´s ainda não há esta preocupação e pratica da contribuição mensal para o INSS. Contribuição esta que deveria ser acima da contribuição mínima (20% de 1 s/m. Se adotar o modelo de contribuição com 11% do s/m, nunca poderá contribuir com um valor maior. Piorou!) Em determinados casos depende da iniciativa e cosmovisão da liderança ou diretoria local, outras do próprio pastor que ainda não se preocupou com o inesperado, como uma doença ou um acidente fatal encerrando ou limitando a trajetória produtiva. Mas, se graças aos cuidados do Senhor nada disso tem acontecido, ainda a velhice é certa e cruel em muitos casos e desdobramentos. Assim sendo, é deveras necessário que nos preparemos e planejemos da melhor forma e em conformidade com nossa condição financeira para que naquilo que depender de nós possamos encerrar nossa trajetória de forma digna. Planejando inclusive com renuncias hoje para chegar-se a velhice com uma aposentadoria e se possível com casa própria; com placa solar e captação de água para desonerar o mensal (assunto para outro artigo).
Provavelmente teremos de trabalhar “moderadamente” pela vida toda ou boa parte dela (também na velhice), mas não deveria ser como pastor titular se arrastando e sufocando toda uma congregação que aspira por novos ares, novas lideranças, novas leituras do mesmo texto canônico. Esta é acima de qualquer outra avaliação uma questão de planejamento e oração (assunto para outro artigo).
A expectativa de vida do brasileiro tem aumentado. Segundo o IBGE em 2020 a média constatada é de 76,8 anos, mas temos milhares de nonagenários e muitos centenários (as). Diante disso o INSS vem ajustando a tabela da aposentadoria que em 1923 quando começou a funcionar e amparar os ferroviários. Os homens aposentavam aos 50 anos e 30 anos de contribuição. Houve muitos ajustes e mudanças desde então. Desde 01/01/2020 a idade fixada é de 62 anos para mulheres com no mínimo 15 anos de contribuição e 65 anos para os homens com no mínimo 20 anos de contribuição (Exceto aqueles que tem direitos adquiridos antes da mudança de lei e aposentadorias por invalidez ou deficiências). O valor da aposentadoria hoje é definido pela média geral de todas as contribuições, no caso de aposentadoria com valores maiores com teto de R$7.087,22 e o mínimo é regido pelo Salário Mínimo Nacional que em 2022 é de R$1.212,00. Raramente se alcança o Teto, mas o “meio de campo” salva o “o pão nosso de cada dia” e a farmácia do mês.
A CIELB orienta que as IEL´s baseadas no princípio da generosidade atuem de forma proativa num investimento que possibilite a aposentadoria do Obreiro no seu devido tempo e uma condição digna enquanto família pastoral na igreja local. Desta forma praticando as orientações bíblicas referentes ao presbítero (pastoreando) e seus honorários merecidos no cuidado do “rebanho” (1Tm.5.17-18). Pensemos nisso com seriedade e generosidade para com nossas famílias pastorais. Que logo não tenhamos mais nenhum pastor sem um projeto de aposentadoria!
Nelson Alles
Presidente da CIELB
Bom-dia com a Paz e o amor em Cristo Jesus nosso Senhor e Salvador.
Muito bem abordado a questão maravilhoso ver essa obra se preocupando-se cada dias com os obreiros do Senhor..
Paulo deixa claro em sua trajetória. Que podemos trabalhar para o nosso dia a dia. .
Mas também podemos trabalhar para Deus fazendo-a obra levando-o evangelho.
Sendo asim temos a liberdade de escolher somente servir na obra colocando a nossa vida totalmente na obra de Deus
Claro asim sermos merecedor de um salário Pois Deus aprova…
Mas porque não faser como Jesus nos ensinou.
DE graça recebeis de graça vós da..
Digo isto porque em muitos lugares tem se cobrado para faser a obra do Senhor.
Oro e agradeço a Deus por colocar um atalaia do Senhor em nosso meio que cuida de suas ovelhas com amor e coração generoso e gentil
Pastor gentil chaves esse Deus preparou e nós envio em momentos que clamamos e Deus Nos ouviu.
Glorias a Deus Pastor Nelson conheci o senhor fiquei maravilhado fasso pate dos membros cdá igreja livre filadelfia em campo grande.
Maravilhoso é estar servindo a Deus com esta família abençoada por Deus…amém
Muito Bom.