35 E percorria Jesus todas as cidades e aldeias, ensinando nas sinagogas deles, e pregando o evangelho do Reino, e curando todas as enfermidades e moléstias entre o povo. 36E, vendo a multidão, teve grande compaixão deles, porque andavam desgarrados e errantes como ovelhas que não têm pastor. 37Então, disse aos seus discípulos: Aseara é realmente grande, mas poucos são os ceifeiros.38Rogai, pois,ao Senhor da seara que mande ceifeiros para a sua seara.
Mateus 10.35-38
1E, chamando os seus doze discípulos, deu-lhes poder sobre os espíritos imundos, para os expulsarem e para curarem toda enfermidade e todo mal.
Mateus 10.1
18Jesus, aproximando-se, falou-lhes, dizendo: — Toda a autoridade me foi dada no céu e na terra.19Portanto, vãoe façam discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo,20ensinando-os a guardar todas as coisas que tenho ordenado a vocês. E eis que estou com vocês todos os dias até o fim dos tempos.
Mateus 28.18-20
Introdução
A estratégia de Jesus para alcançar o mundo não é pela guerra, mas pelo ensino e discipulado. Se no Antigo Testamento o Reino de Israel era mantido pela Lei e mandamentos e expandido por soldados, no Novo Testamento o Reino de Deus é mantido pelo ensino do Evangelho da graça e expandido pelo amor ao próximo dos seus discípulos. A conversão de alguém não acontece pela força ou manipulação, mas pela ação do próprio Deus através de seu Espírito Santo, que convence do pecado, da justiça e do juízo.
O plano de Deus desde o princípio de todas as coisas era um. A intenção do Senhor sempre foi essa: separar um povo que fosse só seu e construir uma Igreja fundamentada no Espírito Santo, a qual jamais morreria.
Assim, Jesus chama os seus 12 discípulos e dá a eles a responsabilidade de irem por todo o mundo e fazerem discípulos. Hoje nós somos o resultado da obediência dos primeiros discípulos a ordem de irem e fazerem discípulos em todo o mundo.
Multidão desgarrada e errante.
A agenda de Jesus era sobrecarregada:
35E percorria Jesus todas as cidades e aldeias, ensinando nas sinagogas deles, e pregando o evangelho do Reino, e curando todas as enfermidades e moléstias entre o povo.
Observem: Jesus estava percorrendo TODAS as cidades e curando TODOS os doentes. Ai ele olhou para a aquela multidão sofrida e teve compaixão dela.
A compaixão de Jesus pela multidão desgarrada e errante e o profundo desejo de ter um contato com todos levou-o a uma decisão:
1) Não dá para alcançar e abençoar esta multidão com tão poucos obreiros.
2) Jesus muda o tom: inicialmente ele descreve a multidão de desgarrados e de errantes, que não sabem para onde ir. Mas em seguida ele considera a multidão uma seara, um campo pronto para a colheita, pessoa prontas para o Reino de Deus,
Jesus aqui identifica na crise uma oportunidade.
3) A seara é grande, ou seja: há muito fruto para colher. Mas temos poucos ceifeiros. A colheita é grande demais para tão poucos obreiros. Mais ceifeiros devem ajudar para não perdermos a colheita.
4) De onde virão os ceifeiros? Ainda não sabemos. Por isso Jesus nos desafia a orar a Deus pedindo por ceifeiros para que possa acontecer a grande colheita.
5) Diante do desafio de atender a multidão, Jesus capacita os seus discípulos para fazerem o que ele estava fazendo sozinho: deu-lhes poder sobre os espíritos imundos, para os expulsarem e para curarem toda enfermidade e todo mal.
6) Sozinhos os discípulos jamais teriam condições de realizar a obra de Jesus, ou seja: atender a multidão. Para atenderem tantas pessoas com tão grandes problemas, Jesus os capacita, delegando a eles a tarefa de falarem em seu nome e de tratarem de problemas espirituais, dar conforto aos enfermos e darem soluções às situações de todo mal.
7) A estratégia de implantar o Reino de Deus é simples: pessoas alcançando pessoas. É a ferramenta mais poderosa para alcançarmos o mundo: discípulos em contato com pessoas. É a estratégia de multiplicação, onde discípulos fazem discípulos, que por sua vez fazem discípulos.
A nossa Comissão
18 “…Toda a autoridade me foi dada no céu e na terra.19Portanto, vãoe façam discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo,20ensinando-os a guardar todas as coisas que tenho ordenado a vocês. E eis que estou com vocês todos os dias até o fim dos tempos.”
Mateus 28.18-20
Ao procurarmos entender a Grande Comissão que Jesus Cristo deu aos seus discípulos, vamos observar que:
1) Jesus detém toda a autoridade no céu e na terra, ou seja: Jesus Cristo é o Senhor dos céus e da Terra. Seu Reino já se manifesta entre nós. Vivemos um tempo especial entre a sua ressurreição e a sua volta, onde ele oferece nova vida a todos que creem nele e são perdoados de seus pecados graciosamente. Estamos vivendo o período da graça, no qual Ele oferece vida eterna a todo que nele crê.
2) Debaixo da autoridade de Jesus, ele nos dá uma ordem: vão e façam discípulos. Dois movimentos são relatados aqui: Ir, sair, movimentar-se, deixar o lugar de costume. Mas para onde?
3) Ir em direção à multidão. (Não a multidão em nossa direção…!). A ida em direção à multidão deve ser com metas claras: fazer discípulos de Jesus em todos os lugares e batizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, 20ensinando-os a guardar todas as coisas que tenho ordenado a vocês.
4) A Grande Comissão começa com um discípulo em oração: Senhor dá-me uma pessoa para discipular.
5) O que é discipular?
Para discipular, temos que ser discípulos. Discípulos de Jesus tem a certeza da sua salvação, demonstra seu amor a Deus aos seus líderes, amigos, familiares, vizinhos. Não é um agente secreto de Jesus.
Ele sabe ler, estudar, memorizar e meditar na Bíblia e guarda em seu coração o que aprendeu.
O discípulo é um homem ou mulher de oração, busca a santidade em sua vida, confia em Deus e vive uma vida de fé, de comunhão na igreja e busca servir o próximo.
Ele anda na plenitude do Espírito Santo, sendo imitador de Jesus Cristo.
6) Você será o exemplo de cristão para seu discípulo. Ele irá tê-lo com exemplo e como referência. Ao discipular alguém, você será observado nas suas atitudes e no seu comportamento. Quanto mais parecido o discipulador é com Cristo, tanto mais o discípulo terá um bom exemplo a ser seguido.
7) O objetivo final do discipulado é tornar o discípulo maduro para que ele também possa fazer discípulos.
Portanto ao escolher uma pessoa na multidão, tome como base 2 Tim. 2.1 : 1Quanto a você, meu filho, fortifique-se na graça que há em Cristo Jesus. 2E o que você ouviu de mim na presença de muitas testemunhas, isso mesmo transmita a homens fiéis, idôneos para instruir a outros.
Jesus, escolheu os seus discípulos que eram pessoas “comuns e sem instrução”, de acordo com o padrão do mundo (At 4:13), mas tinham algo em comum: capacidade de aprender. O que aprenderam com o Mestre, eles passaram para homens fiéis, idôneos para instruir a outros.
Resumo:
O método de Jesus são pessoas. Jesus chamou alguns homens para segui-lo. Este é o método de Jesus para alcançar o mundo! O tempo passou, e aqueles poucos pioneiros convertidos estavam destinados a se tornar os líderes da Igreja do Senhor que levariam o Evangelho por todo o mundo. Do ponto de vista humano, um grupo insignificante com pouca ou nenhuma influência. Mas no propósito supremo de Deus, suas vidas tiveram um significado que durará por toda a eternidade. É só isso que importa.
Jesus dedicou parte considerável de seu tempo na Terra (três anos de ministério) àqueles poucos discípulos. Ele empenhou todo seu ministério neles. Foi assim que ele orou não “pelo mundo”, mas pelos poucos que Deus dera a ele, “pois são teus” (Jo 17:6,9). Tudo dependia da fidelidade daquele pequeno grupo: o mundo creria em Jesus “por meio da mensagem deles” (Jo 17:20).
Talvez o número total de seguidores leais de Cristo no fim de seu ministério na Terra fosse pouco maior do que uns 500 irmãos aos quais Jesus apareceu depois da ressurreição (1Co 15:6), e não mais do que 120 permaneceram em Jerusalém para receber o batismo do Espírito Santo (At 1:15). Embora este número não seja tão reduzido — considerando que seu ministério ativo se estendeu por um período de apenas três anos —, ainda assim, se fosse medida a eficácia de sua obra pelo total de convertidos, Jesus dificilmente seria considerado um dos maiores evangelistas da Igreja. Mas este plano deu certo e nós hoje somos frutos da obediência destes discípulos a Grande Comissão de Jesus Cristo à eles.
Um forte abraço a todos!
Pr. Klaus G. Rempel
Igreja Evangélica Livre em São Paulo
Obrigado Klaus por esta reflexão.
Invistamos em vidas acima de tudo.